sexta-feira, 23 de julho de 2010

As crianças e a tecnologia

Estamos agora naquela época tão esperada, pelas crianças principalmente: as férias!
Como moramos em um sítio, meus irmãos pequenos não tem do que reclamar em relação a espaço. Os dois sempre brincaram muito ao ar livre; o mais novo gosta mais, talvez tenha a ver com a idade. Porém, justamente por morarmos aqui, essa 'liberdade' toda acabou ficando normal para eles.

De uns tempos pra cá o Dudu tem preferido as brincadeiras mais tecnológicas: Computador, video game, televisão, entre outros joguinhos eletrônicos. Um mal atual, ao meu ver (e não falo só para as crianças).
Digo ser um 'mal atual', pois imaginem, os dois moram numa casa ideal de muitas crianças - piscina, campinho de grama e de areia, cama-elástica, quartinho de brinquedos, gangorra - e no lugar de aproveitarem isso tudo, ficam em casa vendo desenho, e ainda reclamam que "não tem nada para fazer".

Além disso, ainda tem um outro problema, ainda mais sério: a influência que esses "entretenimentos sofisticados" tem sobre as crianças.
A maioria dos jogos estimulam um lado 'perverso' de quem joga: é um tal de "tenho que matar aquele carinha", "a polícia vai me pegar", "morre, morre!", "toma essa", entre outros, saindo da boca de crianças. A violência contida nesses jogos é absurda! E os objetivos quase sempre incluem matar alguém (mesmo que seja um monstro), destruir algum lugar, ou coisas do tipo. A criança fica mais agitada, mais violenta, cria um espírito competitivo e quer sempre "ganhar" ou "ser o melhor". Ela fica quase hipnotizada pelos jogos....não querem fazer mais nada a não ser jogar. Sempre fui contra o contato das crianças com esse tipo de jogo tão cedo! Pelo menos quando eu era pequena assim como meus irmãos, mal sabia o que era site, ou video-game, e eu gosto muito de lembrar da minha infância, lembro ter sido muito feliz e de ter aproveitado bastante com as brincadeiras "da minha época", que nem faz tanto tempo assim.

Na semana passada e hoje, vieram aqui em casa coleguinhas do meu irmãozinho, Carlos Eduardo (Dudu), de 5 anos. Os dois mais velhos que ele... tinham 8. Cada um veio num dia diferente.
Enquanto eles brincavam lá fora tudo ocorria normalmente, mas quando foram jogar video game, fiquei horrorizada. Passava a não gostar mais da criança ao ver seu comportamento diante os jogos. Gritavam, e queriam ser uma melhor que a outra (mesmo o jogo não sendo um contra o outro), e mudam o jeito de falar para um tom agressivo! Nossa, não gosto nem de lembrar! Isso aconteceu nos dois dias, com crianças diferentes. E, o Dudu sempre quieto e ouvindo os coleguinhas o xingando por ter apertado o botão errado, ou atrasado! Poxa vida, é só um jogo idiota de video game!

Espero que minha filha não se envolva com esse tipo de entretenimento tão cedo. Televisão é quase inevitável, e até que não acho o pior dos males. Apesar das porcarias que encontramos por ai, há também bastante coisa interessante para crianças. Eu, particularmente, adoro o Discovery Kids, meus irmãozinhos aprenderam e ainda aprendem bastante com os desenhos e até mesmo com as propagandas. Outro dia mesmo o Dudu me pediu para levá-lo a uma "bliblioteca" pois ele havia aprendido como agir lá dentro com um episódio do desenho Franklin (desenho este que eu mesma ADORAVA quando criança). Mas, como dizia, não quero deixá-la se tornar dependente da 'tão amada' tecnologia!
Viva as bonecas; 5 Marias; amarelinha; corda e elástico; revistinhas de colorir; livros; passa-anel; adedanha;... E que a minha filha ainda conheça e conviva muito com todas essas brincadeiras que me fizeram tão feliz e satisfeita na minha infância!

Um comentário:

  1. É verdade...
    quando eu era criança, eu e as outras crianças tínhamos que sortear qual brincadeira fazer primeiro de tanta idéia que agente tinha, era muito bom!

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