Quase Toda mulher sonha em ser mãe um dia, e vê isso como a coisa mais linda do mundo.
Sim, é a coisa mais linda do mundo.
Não, não é na-di-ca de nada fácil.
Não que eu queira mostrar um
darkside da maternidade, mas covenhamos, ela também não é feita só de
pinkside. E eu pensando que só porque convivo com 2 crianças (meus irmãozinhos, 6 e 3 anos) desde bebezinhos, e olhei muito os dois quando bebês (e olho até hoje), ia tirar de letra. Não que eu esteja capengando, mas na prática, tudo é mais complexo, principalmente quando o assunto é:
ser mãe!
Ao começar pela gravidez, quando surgem espinhas, estrias, celulite, azia, enjoô, TPM prolongada, e por ai vai uma lista imensa. Isso para não falar na hora do parto (
e olhem que o meu nem foi normal, e eu, ainda bem, não tive complicações nenhuma). Mas tem lá seus lados bons, os quais devemos dar prioridade em nossa memória. A pele e os cabelos sedosos, o sorriso estampado na cara, saber que carregamos a
coisa mais importante do mundo conosco...aiai! Sim, é bom! (
masnãoéfácil)
Quando o bebê nasce, imaginamos que a partir daí, serão só flores... mas pode esquecer, porque na primeira semana nós já queremos que eles voltem para dentro da barriga, onde tudo era mais fácil, nós conseguíamos dormir, comer, tomar banho, nos arrumar, sair, bloggar, ver tv, ler.... ou seja, ser só uma 'semi' mãe, afinal, o bebê está ali, no nosso corpo.
Como disse a nossa amada
(e autora do selinho)
Anne: "Quem faz merda consciente não se importa que os outros apontem", e falem ai, quem melhor para falar de merda consciente que as mães?
-Tive uma gravidez inesperada (
mas não indesejada);
-Fiz cesárea;
-Uso fralda descartável;
-Não soube amamentar de primeira;
-Dei uma mamadeira de NAN para ela na maternidade;
-Deixei o rosto da Lara afundar na banheira quando tinha algumas semanas de vida (
2 vezes);
-Amamentei deitada;
-Não a coloquei para arrotar todas as vezes (
colocá-la hoje já nem passa pela minha cabeça);
-Não amamentei exclusivamente até os 6 meses (
ela parou de mamar aos 5 meses);
-A deixei cair da cama (
2 vezes);
-Dei suco de laranja com açúcar (
mas mesmo assim ela não bebeu);
-Quis férias dela (
mas nem por isso a amo menos, só queria descansar)
-Coloquei ela na creche aos 6 meses;
-Dei papinha na frente da TV;
-Prefiro que ela coma na creche, por pura preguiça;
-Deixo ela pegar tudo que é brinquedo no chão e colocar na boca;
-Deixo ela "chupar" o chão;
-Pus o bico que caiu no chão na boca dela sem lavar;
E quantas e quantas outras coisas já fiz e não lembro no momento. Sem falar naquelas que ainda vou fazer!
A verdade é que lamento pouquíssimas dessas coisas, afinal, errar é humano, e nós infelizemente não ganhamos super poderes (
talvez sexto sentido) quando nos tornamos mães.
Não que eu vá me acomodar a fazer tantas coisas "erradas", afinal, todos nós - humanos - estamos sempre querendo nos aproximar mais da "perfeição". Mas alcançá-la é outra coisa completamente diferente.
Não precisamos ter parto normal, amamentar até os 2 anos e usar fralda de pano para sermos mães melhores. Não existe o certo ou errado em se tratando da educação de nossos filhos; existe nosso instinto, nossas escolhas e o que achamos melhor, cada mãe para seu próprio filho. Essa é a realidade materna.
A única pessoa que pode opinar sobre como conduzo o meu lado mãe, é a minha filhotinha, a Lara; e ela é feliz, sorri o tempo todo, é saudável (tirando uns resfriados ou outros), dorme a noite toda, tem peso e altura dentro do normal, senta, se arrasta, manda beijo
(a mais fresquinha novidade) e tem pais e uma família inteira que a ama muito e que faria qualquer coisa pelo bem dela. Isso, para mim, basta (por enquanto);
pois é, outro lado é que quase nunca estamos satisfeitas, sempre vemos algo para melhorar, o que é, na verdade, uma virtude no meu ponto de vista..
Hoje, a Lara está com 7 meses, e eu já me dei conta que as fases sempre existirão, até, no mínimo 18 anos. Parem para pensar, e entenderão exatamente o que estou dizendo. Tem as cólicas; refluxos, quedas, resfriados (
isso para não falar outras doenças piores), dentição, creche (
ou babá), quando são bebês; o "por quê"? (
que eu particularmente ADORO, mas tem hora que enche a paciência mesmo), a teimosia, as mentirinhas inofensivas (
ou não), a escolinha, quando crianças; a primeira decepção amorosa, os hormônios, espinhas, revoltas, e outras milhares de coisas pelas quais passamos na adolescência que eu nem preciso falar. E por ai vai. Mas somos nós, as mães, que estamos sempre ali para amenizarmos essas fases difíceis e, claro, nos deliciarmos com as boas fases também: sorrir, engatinhar,andar, falar, brincar, os trabalhinhos da escola, as apresentações de ballet, formaturas, as notas 10, entre outros, MUITOS outros. Mas, principalmente aquela vozinha linda que soa em nossos ouvidos 25 horas por dia dizendo: "
Te amo mamãe!" (
ou, no caso da Lara, escuto mesmo é ela gritando e balbuciando)
Aqui na blogsfera nós somos muito parecidas, até porque trocamos informações e experiências, e esse é o nosso diferencial! Nos apoiamos numa rede comum, a da imperfeição do ser mãe real!
Porque ser mãe é realidade, e nada na vida é perfeito (só os nossos filhos - momento corujice não poderia faltar, se não, não seria post meu)!
ps:
1. Blogagem feita por iniciativa da
Carola!
2. Quero fazer propagando aqui do
texto da Carol, que ela fez pouco tempo depois que o fofííííssimo do Isaac nasceu, que, assim como ela mesma disse, se encaixa perfeitamente nessa blogagem, e, mais uma vez, essa nossa querida conseguiu achar as palavras certas para nos descrever como mães! Texto lindo, parabéns!
3. No
Test Drive Mami, tenho uma coluna para falar sobre esses momentos "imperfeitos" da maternidade, tem poucos posts meus ainda, mas o blog bomba! Vale a pena dar uma olhada!