domingo, 25 de abril de 2010

Pronta para o que viesse

Eram tantas as evidências, mas o choque foi grande de mais (tanto para mim quanto para ele) para aceitarmos assim o que estava por vir em alguns meses – não sabíamos exatamente quantos ainda. No dia seguinte, fui logo pela manhã, acompanhada de duas amigas, fazer o exame de sangue para confirmar o que já estava mais do que certo. Meu namorado ainda tinha uma pontinha de esperança de que o teste de farmácia tivesse dado errado, apesar de que ele mesmo sabia que isso não tinha acontecido. O resultado saiu no mesmo dia; enfim, G R A V I D Í S S I M A!: Foi o que uma amiga disse quando o resultado deu 5.000,0 mUI/mL (dosagem do hCG) e o valor de referência para positivo era superior à apenas 30,0 mUI/mL.

Tentamos ir ao consultório da minha ginecologista. Estava preocupadíssima pois não sabia quanto tempo eu tinha de gravidez, mas sei que com certeza eu já deveria estar fazendo o pré-natal. Infelizmente ela não estava neste dia, mas deixei recado para ela ligar assim que pudesse. Depois disso, almoçamos em um restaurante costumeiro e apesar das preocupações, nos divertimos, falamos bobagens, fizemos piada com a situação, e eu consegui me tranqüilizar e pensar com calma. Não sei se teria me conformado sem as duas. Com certeza foram importantíssimas para eu encontrar coragem e força – e até mesmo entusiasmo – para enfrentar tudo (e todos).
À tarde minha médica ligou, dizendo para eu ir lá no dia seguinte bem cedo que ela me encaixaria em seus horários.

À noite fui ao cinema com meu namorado, para ver se ele conseguia se distrair. Não posso dizer que não melhorou nada, mas não obtive muito sucesso. Ainda acho que se ele tivesse contado a alguém antes, como eu fiz, ele teria conseguido aceitar tudo mais rápido.

Terça-feira, dia 26/01, lá estávamos eu e ele no consultório da minha ginecologista/obstetra, contando toda a situação. Ela disse que o primeiro passo seria fazer um ultrason para saber o tempo de gestação e depois contar aos nossos pais. Ela falou especialmente para mim: “Você deve conversar com a sua mãe e ver o que vocês vão fazer...” coisa do tipo. A Dra. sempre foi bastante simpática e compreensiva, mas nós dois tivemos a impressão que ela estava insinuando aborto. Não sei se ela ia sugerir isso, mas deu a entender que ela achou que queríamos. LONGE DE MIM. Logo fui falando em começar o pré-natal para deixar bem claro que eu teria esse bebe, custasse o que fosse.

No ultrason, mais uma surpresa, eram dois! Brincadeira... não é pra tanto! Mas ficamos um pouco surpresos sim, pois o desenvolvimento do bebê sugeria gestação de 8 semanas; ou seja, estava grávida há DOIS meses e não sabia. Um pouco tenso, mas pelo menos seria menos tempo até o neném nascer. Me emocionei ao ouvir o coração bater no ultrason, mas eu ainda não tinha noção de que uma vida estava se desenvolvendo dentro de mim!!! Estava tão ansiosa, apesar do medo, que não aguentaria ver meus pais sem contar a eles, o que aconteceria naquela mesma noite.



Uma ‘coisinha’ tão frágil, de apenas 3 cm, que em menos de um ano estaria no meu colo, me fazendo a pessoa mais feliz do mundo! E agora, em menos de meio ano! *_*

Um comentário:

  1. olha, tua história lembra a minha, mas mesmo já casada e bem mais velha, meus pais ainda me acham uma eterna garotinha!! Então, o medo inicial que vc sentiu, tbm senti. E olha que eu não morava mais com meus pais...

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